How to Love - Capítulo 37 / 3ª Temporada

"Essa era a minha noite feliz. "

Valorize as amizades verdadeiras, porque o resto é só resto.

- Pode entrar.

- Surpresa – gritou entrando.

- Pai – sorri e logo o mesmo sorriu.

- Oi filha – veio até mim e me deu um abraço – Como você está? – perguntou.

- Não estou bem – falei cruzando os braços e logo ele se sentou na cama – Eu não quero ir embora daqui. Tem a Sophie...

- SeuNome... É melhor – ele falou.

- É melhor para quem? Eu não vejo nenhum lado bom nisso – falei.

- É melhor para você SeuNome.

- Não, não é pai – falei bufando – Eu gosto daqui, será que vocês não entendem não?

- SeuNome é o melhor para você –falou.

- Vocês não vão mudar de ideia não é? – perguntei e ele negou com a cabeça – Já era de se esperar – falei – Onde está Wellington?

- Está em Londres – falou.

- Quando ele vem? – perguntei.

- Vem amanhã com a namorada – sorriu.

- Ele ainda está com a menina quando saímos de Londres? – perguntei.

- Ele seguiu seus conselhos, estão firmes e fortes – sorriu.

- Que bom para ele – sorri.

                Logo meus pensamentos voaram para Austin. Eu não havia visto a mensagem dele no celular e agora também não queria ver. Me veio a memória dele saindo de casa com as mochilas na mão e depois correndo até mim e no final, me dando um beijo na testa. Isso doeu, e doeu muito.

 - Mamãe vai ir junto não é? – perguntei sorrindo esperançosa.

- Não SeuNome – ele falou.

- O que? Por quê? Eu não posso deixar ela aqui sozinha – falei.

- SeuNome, a sua guarda é minha agora – ele falou.

- Eu não quero deixar ela aqui sozinha – falei sentindo lágrimas em meus olhos – Eu não posso – sussurrei para mim mesma.

- Filha eu vou falar com o médico. Volto daqui a pouco – ele se levantou e deu um beijo na minha testa. Logo mesmo passou pela porta e fez uma aceno para mim.

                Eu não queria deixar minha mãe sozinha aqui. Eu não podia, foi ela quem me criou e assim eu vou sair do nada, só porque meu pai ganhou a minha guarda. Eu não quero, eu não posso ir. Eu tenho que ficar aqui com ela, com a Sophie o Alex, os meus amigos. Era simplesmente inútil ir junto com meu pai, sendo que teria que voltar para Londres e isso não me agrava. Tudo bem que eu tinha Claire, mas por outro lado Londres me trazia lembranças que eu quero esquecer.

                Respirei fundo e fiquei olhando para o teto branco do quarto. Das últimas semanas a minha vida havia sido um pouco corrida, e posso dizer que não foram os melhores. Eu e Austin brigando, eu me machucando, ele indo embora e agora eu também indo embora. Resmunguei algumas palavras para mim mesma e bufei logo em seguida.

- Oi querida – minha mãe falou entrando devagar – Como você está?

- Oi mamãe – sorri fraco – estou na mesma – dei de ombros.

- O médico disse que você vai ficar até amanhã aqui tudo bem? – sorriu – Para que você possa sair logo sem essa virose.

- Tudo bem – dei de ombros mais uma vez e me veio à lembrança de Austin falando ‘Você sabia que dar de ombros é gesto muito feio’. Ele havia me imitado, balancei minha cabeça tentando esquecer isso.

- Não está sentindo algo? – perguntou segurando minha mão.

- Só um pouco de dor de cabeça e no estomago também – falei.

- Você vai ficar boa logo filha – sorriu.

- Mãe e o Romo? Como ele está?

- Ele está bem querida, só com saudades de você – falou e eu dei um sorriso fraco.

- Mãe você não pode ir mesmo junto? – perguntei apertando sua mão.

- Desculpe querida, mas eu não posso – falou abaixando os olhos.

- Mas por quê? – perguntei.

- É complicado – falou.

- O que é complica mãe? – perguntei.

- Não é nada SeuNome, vou ir falar com o seu pai – sorriu fraco e depositou um beijo em minha mão.

                Bufei e logo cruzei os braços. Não era justo, não, não era.

[...]

                Eu, Robert e Zach conversávamos animadamente, eles eram os melhores. Faziam piadas e ficavam brigando ao mesmo tempo, logo depois chegou Alex e Sophie. Ela correu para me dar um abraço que quase me sufocou, mas eu sorri e dei um abraço apertado na mesma. Alex estava logo atrás e sorriu para mim, ele se sentou no sofá. Zach também estava sentado no sofá e Robert estava sentado na cama. Logo Sophie começou a brigar.

- Vai pode sair – falou para Robert – ela é minha melhor amiga, eu que fico perto dela.

- Eu sou o amigo dela – ele falou.

- Robert – Alex falou rindo.

                O mesmo bufou e foi se sentar no braço do sofá ao lado de Zach. Dei um sorriso e logo Sophie se sentou na cama.

- Como se sente? – perguntou.

- Eu vou ficar bem – sorri fraco.

- Isso não te incomoda? – Zach perguntou se referindo as agulhas no meu braço.

- Sim, incomoda – falei olhando para o mesmo e logo em seguida para o meu braço – e vocês como estão?

- Bem – todos falaram ao mesmo tempo e logo nos demos risada.

- Sorte a sua poder faltar na aula – Robert falou.

- A sala está muito quieta sem você e Austin – Zach falou e recebeu uma cotovelada de Alex – Quer dizer...

 - Eu entendi – sorri fraco - Acho que vou fazer uma última visita na escola – sorri.

- Como você vai fazer isso? – Alex perguntou sorrindo.

- Estou pensando – sorri.

                Depois de um tempo voltamos aos assuntos normais, quer dizer não tão normais. Por que eles começaram a falar sobre vampiros, lobisomens e a gente só risada. E o pior eu não lembro como foi que a gente havia chegado naquele assunto, cada um falou que ser sobrenatural queríamos ser e eu só queria rir. Era bom estar com eles, me fazia ficar feliz e esquecer as coisas um pouco.

                Sophie estava rindo, Alex também, Robert e Zach nem se fala. Todos nós estávamos felizes com as companhias um do outro. Eu ainda sorria um monte e então eu me lembrei que eu iria deixar eles para trás, meu sorriso diminuiu aos poucos.

- Eu queria falar uma coisa – falei e todos fizeram silêncio e assentiram – Mesmo eu estar me mudando eu vou querer que vocês sempre estejam ao meu lado, tudo bem? – perguntei sorrindo fraco.

- Nós sempre vamos estar ao seu lado – Alex falou.

- Sempre que precisar – Zach falou.

- Nas horas boas e ruins – Robert falou e se levantou junto com Zach e Alex.

- Pode contar com a gente – Sophie falou sorrindo.

                Logo eles caminharam e então demos um abraço em grupo que foi apertado e muito bom.

- Obrigada, vocês são os melhores – falei sorrindo e logo vi que eu estava chorando.

                Nós ficamos uns dois minutos se abraçando e logo eu escutei batida na porta e então eu escutei alguém falando:

- Nossa – era meu pai – Isso sim que é um abraço em grupo – ele riu e logo nós também.

                Nos separamos e eu limpei as lágrimas estavam escorrendo por minhas bochechas.

- O horário de visitas já acabou – uma enfermeira apareceu entrando no quarto.

                Ela carregava uma bandeja com os meus medicamentos.

- Tudo bem... Ham nós já vamos então – Alex falou – Fica bem SeuNome – sorriram.

- Tchau SeuApelido – Zach e Robert falaram e eu sorri acenando para eles.

- Tchau garotos – falei.

- Tchau amiga – Sophie veio me dar um abraço – Amanhã vamos aprontar – sussurrou e logo saiu junto com Alex.

                Dei uma risada fraca e logo meu pai falou:

- Isso sim que é amigos não é? – sorriu.

- Sim – falei sorrindo e logo a enfermeira trocou o meu soro.

[...]

Sexta-feira. San Antonio.

                A enfermeira estava tirando o soro de mim, eu acho que eram sete e meia. Logo depois começou a tirar a agulha e eu me aliviei.

- Se você quiser pode tomar um banho antes de sair, seu pai foi na lanchonete e pode demorar um pouco – ela sorriu simpática.

- Obrigada – falei sorrindo.

                Ela assentiu e então saiu com uma bandeja. Eu me sentia melhor dês de quando havia chegado aqui. Me levantei e logo peguei minha mochila. Caminhei para o banheiro e logo tranquei a porta, liguei o chuveiro e comecei a tomar o meu banho. Depois de uns oito minutos eu me sequei e fui pegar minha roupa. Coloquei uma calça jeans preta, uma blusa soltinha na cor verde, meus vans e fiz uma trança de lado. Passei um batom e um pouco de rímel. Coloquei meus brincos novamente e a pulseira. Depois joguei o resto das minhas coisas dentro da mochila e a coloquei sobre o ombro. Eu me sentia melhor, depois de alguns dias aqui nesse hospital sem quase se mexer e andar era a melhor coisa. Abri a porta do banheiro e então meu pai entrou pela porta do quarto.

- Vejo que já está arrumada – sorriu – Como se sente?

- Muito melhor – sorri e respirei fundo.

                Eu me sentia muito bem. Ele assentiu e então logo abriu a porta para mim, droga meu celular.

- Espera meu celular – falei e voltei para o quarto.

                Peguei o mesmo e vi que havia três mensagens novas. Dei de ombros e guardei o mesmo no bolso da minha calça. Caminhamos em direção a recepção e meu pai assinou alguns papeis. Eu fiquei segurando minhas bolsas e vendo a TV. Na mesma começou a passar o Austin, ele estava dando uma entrevista. Não deu para escutar direito porque havia bastante gente ali e a TV estava baixa.

- SeuNome? – meu pai me chamou e eu o olhei – Podemos ir.

- Tudo bem – falei e logo fomos para fora do hospital.

                Respirei o ar puro e então dei um sorriso. Era bom estar de volta ao mundo livre.

- Adivinha quem voltou? – escutei alguém falar e logo olhei para frente.

- Wellington – sorri e corri para o mesmo.

                Pulei em seu colo e o mesmo começou a rir.

- Sentiu a minha falta não foi pequena?

- Você não sabe quanto – falei o abraçando mais – Eu não vou te soltar mais.

                Ele riu e eu continuei abraçando ele. O mesmo havia me pego no colo e me segurava. Eu sentia tanta falta dele e olha que não faz tanto tempo, era como se fossem anos.

- Eu amo você – falei o abraçando.

- Também amo você maninha – falou afagando meus cabelos – Pode me soltar SeuNome.

- Eu disse que não vou mais te soltar – falei rindo.

- Não faz nem um ano que vocês se viram pela ultima vez – meu pai falou e nós rimos.

- Tudo bem, eu levo você até o carro – falou – Mas antes quero te apresentar a alguém.

- Quem? – perguntei sorrindo.

- A minha namorada – falou e logo vi uma garota. Ele havia me virado e logo a vi.

                Ela era muito bonita. Tinha os cabelos na cor castanhos claro, um pouco mais baixa que eu. Seus olhos eram verdes e ela sorria para nós.

- O me desculpe – falei pulando do colo de Wellington que riu – Prazer sou a irmã desse besta, me chamo SeuNome  – sorri para ela.

 - Muito prazer em conhecê-la – sorriu para mim – Me chamo Hillary, mas pode me chamar de Hillie – e então eu a abracei – Wellington falou bastante de você.

- Espero que tenham sido coisas boas – falei sorrindo e logo a soltei.

- Claro que são – Wellington falou rindo.

- Ele é um besta – falei para a mesma que riu – Acredita que no último dia que a gente estava em Londres ele me falou de você. Eu disse para ele ficar logo com você e...

- Já deu por hoje SeuNome – Wellington falou colocando uma mão sobre minha boca e então me arrastando para o carro.

                Ele me colocou no carro e então fechou a porta. Abriu a porta para a namorada dele e então ela sentou ao meu lado.

- Hey seu idiota – falei – Me deixa conversar com ela.

- Eu sou o idiota? É isso mesmo? – ele perguntou incrédulo.

- Porque eu tenho que ir ao banco de trás? – perguntei brava – Pensei que vocês queriam ficar juntos.

- SeuNome! – ele falou.

- Beleza. Vou falar com ela sobre tudo o que você fazia antes – sorri maldosamente.

- Se você fizer isso você me paga.

- Silêncio vocês dois, vão deixar ela assustada – meu pai Charlie falou e a Hillie riu.

                Logo meu pai ligou o carro e começou a dirigir.

- Ela precisa saber o que ele aprontava – falei e logo me virei para encará-la – Você não vai nem acreditar – sorri e ela me encarou sorrindo – Quando ele era pequeno ele...

- SEUNOME FICA QUIETA – falou gritando.

- Está vendo ele não me deixa mais falar – falei – Mas continuando... Quando ele era pequeno ele tinha medo de...

- Se você contar alguma coisa você vai ver SeuNome – falou bravo.

                Dei de ombros e logo respirei fundo.

- Quando ele era pequeno ele tinha medo de gnomos de jardim. Sim é muito hilário – sorri e nós começamos a rir.

                Até meu pai me acompanhou nessa.

- SEUNOME! – ele gritou.

- O que foi? – perguntei.

- Wellington é verdade? – Hillie perguntou sorrindo e logo eu o encarei.

- Vamos lá maninho – sorri maldosamente – conte a ela.

- Você vai me pagar caro SeuNome – ele falou me encarando mortalmente.

- Não faz nem um minuto direito e vocês já estão brigando – meu pai falou.

- Pai olha só o que ela fez – Wellington falou.

- Quanta maldade com a sua irmã – falei – Eu acabei de sair do hospital, deveria de me tratar com mais carinho.

- Você vai ver o carinho – ele falou e logo nós rimos.

- Continuando, uma vez ele jogou todo o sabão da pia no vaso e depois saiu correndo e chorando – eu ri e ele bufou. Hillie começou a rir e logo depois eu continuei falando quase todos os micos de Wellington.

[...]

                Paramos na escola e então quando eu sai do carro Wellington começou a correr atrás de mim, eu só ria da sua cara e então eu corri para dentro da escola. Meu pai falou que mamãe já estava na escola por isso fomos para o local. Hillie ria baixo e meu pai parado com as mãos no bolso. Eu e Wellington corríamos pelo gramado que ali havia e então ele tropeçou e eu parei de correr e comecei a rir um monte.

- Essa foi boa – falei rindo – Dessa você sabe Hillie – gritei e ela fez um sinal positivo.

- Ai minhas pernas – falou gemendo de dor.

- Está tão enferrujado assim maninho – dei um sorriso sínico enquanto me abaixava próxima a ele.

- Você vai me pagar caro – falou ainda deitado no chão e eu ri.

                Levantei e logo escutei meu pai dizer:

- Quer aproveitar o último dia de aula na escola? – perguntou sorrindo.

- Mas eu não tenho a mochila – falei.

- Tem sim – sorriu e logo pegou uma que escondia atrás de si.

                Peguei a mesma e então dei um sorriso.

- Obrigada pai – a abracei – Podemos comer pizza a noite e almoçar todos juntos de meio-dia? E depois também um sorvete e...

- Vai com calma filha – ele falou – Mas sim, podemos sim.

- Beleza. Posso chamar meus amigos? – perguntei e ele assentiu – Isso – falei – Você vai ir não é? – perguntei me referindo a Hillie.

- Com toda a certeza – sorriu.

- Vamos todos estar aqui quando você voltar – meu pai falou.

- Estou indo – falei e logo sai correndo.

                Eu estava feliz, se fosse para ser o meu último dia aqui que seja feliz, mas muito feliz. Que tenha a presença de todos os meus amigos e da minha família também. Passava pelos corredores voando e logo que encontrei minha sala dei um sorriso e então abri a porta. Foi como um estrondo e então o professor se assustou.

- Desculpe – falei – Será que eu posso entrar? – perguntei.

                Sophie, Alex, Robert e Zach sorriam para mim. Os outros me olhavam e então o professor falou:

- Claro SeuNome, pode entrar – falou sorrindo.

                Assenti para o mesmo e então procurei o meu lugar. Por sorte eu estava sentando na frente de Alex e Sophie, Zach e Robert estavam logo atrás de Alex e Sophie. A cadeira ao meu lado estava vazia, e logo pensei em Austin, droga. Me virei e logo estava prestando a atenção na aula.

                Eu anotei tudo o que o professor pedia, os outros alunos ficavam comentando coisas e eu simplesmente dava de ombros. Sophie e Alex começaram a puxar assunto e assim Zach e Robert se meteram no meio. O sinal tocou e então Zach e Robert vieram se sentar ao meu lado. Zach trouxe mais uma cadeira e então se sentou, eu ri com aquilo e empurrei minha cadeira para o lado. A professora entrou e logo que notou os dois na mesma mesa que eu e logo falou:

- Zach e Robert o que os dais fazem na mesa da SeuNome e a do Sr. Mahone?

- Tecnicamente essa mesa não é mais dele – falei murmurando.

- É que é o ultimo dia dela e a gente queria fazer companhia – Robert falou.

- Por favor, professora – Zach falou e então eu o vi dar uma piscadela para a mesma.

                Dei uma risada fraca e então ela falou:

- Bom tudo bem, é seu ultimo dia aqui Srta.Laurent? – perguntou desconfiada.

- Sim senhora – respondi assentindo ao mesmo tempo.

- Tudo bem então – falou e os dois comemoraram – Para onde a senhora vai?

- Meu pai ainda não me falou nada – disse e a mesma assentiu.

                Enquanto ela se arrumava para explicar a aula eu, Sophie, Alex, Robert e Zach começamos a conversar baixinho. Demos risadas e logo a professora chamou a atenção de todos.

[...]

- Então vocês vão ir não é? – perguntei sorrindo – É um almoço, depois vamos à sorveteria... Ai à noite a gente se encontra na pizzaria ok?

- Tem certeza? – Alex perguntou.

- Claro que sim. É meu último dia aqui e quero que vocês estejam presentes – falei – Por favor.

- Com toda a certeza que eu vou – Sophie falou sorrindo.

- Eu estou dentro – Zach falou – Austin iria gostar de pizza...

                Ele recebeu uma cotovelada de Robert e eu dei risada.

- Também estou dentro – Robert falou.

                E todos os olhares foram direcionados para Alex que deu um sorriso.

- Tudo bem – falou já rendido.

- YEAH – Todos nós fizemos um toque.

                Eu estava com sede, precisava tomar alguma coisa. Olhei para a máquina de refrigerante que estava próxima e então eu falei:

- Vou pegar um refrigerante ok? – perguntei e os mesmos assentiram.

                Quando eu ia me levantar três pessoas pararam na minha frente e então eu já sabia quem era. Com toda a certeza era Britney e suas amiguinhas.

- Então quer dizer que a vadia vai embora? – perguntou rindo.

                Me levantei e então falei:

- Olha você não vai estragar o meu último dia aqui.

                Ela riu e falou:

- E o que você vai fazer? – perguntou sorrindo.

- Você já vai ver – sorri e então olhei para Sophie, Alex, Robert e Zach que sorriram maldosamente e negaram com a cabeça – Um momento.

                Falei e então caminhei em direção a máquina do refrigerante, escolhi um colocando o dinheiro na mesma e logo ele caiu. Peguei ele e então fui novamente em direção a Britney.

- O que você vai fazer garota? – perguntou – Se você não está vendo eu tenho dua...

                Abri o refrigerante e fiz para o número um indicando para que ela esperasse um minutinho. Tomei alguns goles e então joguei todo em sua cara.

- Só para a sua informação é uva – sorri e então ameacei as duas que estavam atrás dele que deram um cinco passos para trás.

- GAROTA VOCÊ É LOUCA? – perguntei gritando – Que nojo.

                Todos do refeitório estavam rindo dela.

- Eu falei que você não ia estragar o meu dia aqui – falei – Agora saí.

                Ela grunhiu de raiva e saiu pisando forte. Me sentei novamente e os mesmos riam.

- Gastei uma parte do meu refrigerante – falei tomando um gole do mesmo.

- Caraca até no último dia não perde o estilo – Zach falou rindo – Austin iria ficar encantado...

                Robert deu uma cotovelada em Zach novamente e Sophie e Alex olharam para o mesmo. Dei risada e então todos começamos a rir.

- Esse dia foi o mais bagunçado de todos – Sophie falou rindo e todos assentimos ainda rindo.

[...]

                Nós estávamos todos caminhando em direção ao local onde eu havia marcado com o meu pai. Disse também que eles poderiam ir à frente, nós iríamos a pé mesmo. Todos haviam levado outras roupas, e então se trocaram na escola. Zach e Robert ficavam fazendo palhaçada e Sophie e Alex riam e de vez em quando se beijavam. Quando chegamos no restaurante eu vi meu pai acenando para nós, estávamos fora do restaurante num lugar onde não havia paredes, era um lugar fresco e grande. Dei um sorriso e então acenei para o mesmo.

- Vem galera – falei e então logo eles estavam me seguindo.

                Assim que chegamos ao local Wellington se levantou e falou:

- Hey galera – cumprimentou Zach, Robert, Sophie e Alex – Essa é a minha namorada Hillary.

                Todos cumprimentaram e então eu percebi que minha mãe estava ali. Fui até ela e dei um abraço, depois em meu pai. Eu notei que ela usava um lenço na cabeça, seus cabelos caiam por debaixo dos mesmos.

- Mãe porque está usando isso? – perguntei apontando para a sua cabeça.

                Todos nós nos sentamos e logo ela falou:

- Ah... Sim, é-é uma moda – sorriu – A mulher que trabalha comigo me indicou, eu estou gostando – ela sorriu novamente.

- Ficou bonito – falei sorrindo e a mesma assentiu.

                Foi um barulho só para pedir o almoço, eu acho que o garçom havia ficado louco porque havia todos falando ao mesmo tempo. Sophie deu um grito e todos pararam de falar ao mesmo tempo. Ela começou a fazer o pedido dela primeiro e então pediu para mim e então fomos indo até todos termos pedido nosso prato.

                Alex, Zach e Robert começaram a contar piadas e todos estavam rindo. Sophie estava sentada ao meu lado e meu irmão também. Meu pai e minha mãe riam das piadas dos garotos e Hillie também. Wellington e ela estavam de mãos dadas o tempo todo, ela estava com a cabeça sobre o ombro do mesmo. Dei um sorriso fraco e então eu me vi com lágrimas nos olhos.

- Está tudo bem filha? – meu pai perguntou e eu nem ao menos percebi, mas agora todos estavam me encarando.

- Está... É só, com licença – falei e então me levantei.

                Corri para o banheiro e então eu deixei que as lágrimas escorressem pelo meu rosto.

- Vamos lá, pare de chorar – falei me encarando no espelho.

                Olhei para o teto do local e então deixei que as lágrimas entrassem novamente para meus olhos. Quando consegui passei uma água sobre minhas bochechas e sequei as mesmas, limpei meu olho com o papel e então funguei uma última vez. Passei o batom que eu tinha no meu bolso e então respirei fundo caminhando até o lugar onde eles estavam.

- Você não vai mais chorar SeuNome – falei baixinho para mim.

                Assim que cheguei todos me encaram e então eu falei:

- Estou bem – sorri – Foi só... Hum, deixa para lá – falei.

                Assentiram e então começaram a trazer a comida. Senti Wellington me cutucar e logo ele falou:

- Se você está pensando que Sophie nem sequer levantou, ela se levantou, mas pedi que ela ficasse ok.

- Ham, tudo bem – falei dando de ombros – Pensei que quisesse me matar – sorri fraco.

- Ainda quero, mas tenho tempo para isso – sorriu para mim.

                E então todos que estávamos ali demos as mãos e meu pai começou rezando. Ele colocou todas as intenções na mesa. Assim que ele terminou todos nós pegamos os talheres e atacamos a comida.

[...]

                Todos estavam sentados na sorveteria ocupando duas mesas grandes. Cada um pediu Sundae grande e posso dizer que era muito grande. Nós estávamos nos divertindo bastante e com toda a certeza isso deixaria guardado para mim. Wellington e Hillie eram o maior amor um com o outro, Sophie e Alex também. Fico feliz que eles estejam felizes. Decidi olhar o meu celular enquanto comia mais uma colher do meu sorvete. Agora havia seis mensagens ao invés de três. Dei de ombros e então guardei o celular novamente.

                Meu pai resolveu de contar piadas e tinha algumas que ninguém entendia a não ser ele mesmo, a gente começava rir da risada dele porque era muito engraçada que a piada. Depois que terminamos de comer e todos estávamos satisfeitos nos levantamos e assim nos despedimos.

- Nos vemos à noite? – perguntei e os mesmos assentiram.

- A noite – falei e eles riram.

                Entrei no carro e fiquei no meio de Wellington e Hillie, o maninho reclamou comigo e eu só ri. Disse que eu era muito má e muito mais. Meu pai era quem estava dirigindo, minha mãe estava sentada ao seu lado. Assim que chegamos em frente em casa, passei por cima de Wellington quase fazendo o mesmo cair de cara no asfalto e então corri para a entrada da porta.

- Nem parece que ela saiu do hospital a algumas horas – Wellington falou.

-Fica quieto garota! Abre aqui, quero ver Romo – falei pulando.

                Minha mãe veio sorrindo e logo abriu a porta. Comecei a gritar:

- ROMO? ROMO – olhei na sala e nada do gato.

                Corri subindo as escadas e entrei no meu quarto, o mesmo se assustou e começou a se espreguiçar e a bocejar. Dei um sorriso e então peguei o mesmo no colo.

- Senti sua falta – falei o abraçando – Senti muito a sua falta e ainda sinto – sorri.

[...]

                Eu achei meio estranho já encontrar as minhas malas arrumadas. Tentei esquecer esse fato de eu ir embora e me concentrei em hoje, daqui a umas duas horas. Nós iríamos se reunir na pizzaria às nove da noite. Eu fiquei muito feliz porque todos iriam ir. Escutei a campainha tocando e logo eu desci correndo para saber quem era. Eu usava meus fones de ouvido e logo tirei um.

                Havia um homem na porta da mesma. Ele sorriu e logo entrou.

- Filha esse é o fotografo da escola, o do baile – minha mãe falou.

- Ah sim. Olá – falei sorrindo e cumprimentei o mesmo.

- Vamos até a sala – minha mãe falou.

                Na sala estava Wellington e Hillie no sofá abraçados, meu pai estava sentado em outro sofá. Logo chegamos eu e mais o homem das fotos. O mesmo cumprimentou todos e ele se sentou, abriu sua bolsa e pegou um pacote grande com fotos. Entregou para a minha mãe e então eu sabia quais fotos eram. As fotos do baile... Droga.

- São as fotos do baile – mamãe falou sorrindo e logo todos se levantaram e se juntaram a cada lado dela.

                Eu me levantei e fiquei de frente olhando.

- Que linda minha garotinha – papai falou sorrindo enquanto olhava as fotos.

- Nossa tava gata minha mana ein – Wellington falou sorrindo e eu revirei os olhos.

                Começou a tocar uma música no meu fone e eu nem sabia que tinha, era The forgotten do Green Day. Essa música eu havia dançado com o Austin, olhei para as fotos e havia fotos de nós dois dançando e sorrindo, como eles tiraram essa foto?

- A meu Deus é você e o Austin – ela colocou a mão sobre a boca sorrindo ainda.

                Eu senti meus olhos marejarem e então papai falou:

- Vamos ficar com todas as fotos.

                A cada toque da música eu me lembrava de cada palavra dita por ele, isso só fez meus olhos ficarem marejados mais ainda. Eu não aguentei, não podia chorar na frente deles. Sai correndo para o meu quarto e bati a porta do mesmo, tranquei e logo corri até a cama me jogando sobre a mesma deixando o que eu estava segurando o dia todo. Eu me senti fraca por me deixar vencer com o choro. Peguei um travesseiro e comecei a socar o mesmo com toda a minha força, eu tinha que descontar isso em alguém. Fui parando aos poucos de socar o travesseiro e logo coloquei a mão sobre meu rosto. Eu não podia me entregar todas as vezes ao choro, não mesmo.

- Para de chorar SeuNome – falei – Para de chorar sua idiota. Você tem que parar com isso.

                Respirei fundo várias vezes e então me sentei na cama com o travesseiro sobre meu colo. Apertei ele e então respirei fundo mais uma vez, me levantei e fui para o banheiro. Encarei meu reflexo no espelho e então levei meus rosto umas quatro vezes, depois o sequei e passei o batom. Apertei um pouco minhas bochechas e respirei fundo.

                Eu abri a porta do quarto e então desci sem fone. O homem ainda estava sentado ali e eles continuaram vendo as fotos, me sentei no sofá e todos olharam para mim.

- Você está bem? – Hillie perguntou para mim e se sentou ao meu lado.

                Assenti para ela e falei:

- Sim, estou bem sim – sorri fraco.

                Ela assentiu e continuou sentada ao meu lado. Não SeuNome, quando você ver as fotos não vai poder chorar, não mesmo. Tinha que engolir o choro, você estava parecendo uma garotinha pequena fazendo isso. Era isso mesmo, era o que todos achavam, então agora pare, por favor.

- As fotos ficaram lindas – mamãe falou sorrindo.

- SeuNome e Austin se beijando, é – Wellington falou sorrindo.

- Por quê? Está com ciúmes, quer beijar ele? – falei com voz firme.

- Não muito obrigada – falou se sentando no sofá – Eu tenho a minha – ele deu um selinho nela.

                Minha mãe e meu pai estavam acertando com o homem e então eu peguei as fotos para ver. Havia um bolinho de fotos.

- Ficaram muito bonitas as fotos – Hillie falou sorrindo.

- Obrigada – falei.

- Eu já volto – maninho falou e se levantou.

- Posso te falar um coisa SeuApelido? – Hillie perguntou e eu assenti – O que ele te fez?

- Quem?

- Austin – ela falou.

- Ah sim, depende – falei.

- Porque você saiu correndo daqui? – perguntou curiosa e se sentando de frente para mim.

- Bom, no meu fone estava tocando a música que eu dancei com ele e eu vi a foto e vi lembranças aparecerem na minha mente. E agora sabendo que ele vai me deixou sabe, ele foi viver o sonho dele que é ser cantor... Está cheio de garotas mais bonitas que eu e...

- Não espera – ela falou – Ele te mandou mensagem?

- Sim, ele mandou. Também me ligou no hospital e...

- Mas porque você está assim com ele? – perguntou – Desculpe se eu estou sendo metida, é que eu só queria te ajudar.

- O não. É que ele não me avisou que estaria indo embora, então...

- Sim eu sei – ela falou – Mas acho que você deveria pensar com calma tudo isso, quando você estiver na casa do seu pai fique alguns minutos pensando se você deve ou não perdoar ele, falar ou não com ele. Mas pensa tudo bem? Eu acho que ele fez isso por amor a você – falou.

- Obrigada Hillie – falei e a abracei.

- Sempre que precisar – falou.

                Deixei as fotos sobre a mesinha de centro e então eu subi para o meu quarto pensando já. Eu já tinha que me arrumar para a gente ir para a pizzaria. Fui direto para o banheiro e comecei a tomar um banho pensando se eu deveria ou não falar com Austin. Depois de alguns minutos eu sai do banho e fui para o closet. Escolhi minha roupa, só não sabia o que calçar talvez o vans?

- SeuNome? – escutei Wellington batendo na porta.

- Pode entrar – falei e o mesmo entrou junto com Hillie.

- Eu e Hillie queríamos te dar um presente – falou e logo estendeu as mãos com uma caixa.

- Bom obrigado – falei.

- Esperamos que você goste – ela falou sorrindo e eu assenti.

                Abri a caixa devagar e ali se encontrava um par de botas pretas, eu fiquei totalmente encantada pelas mesmas.

- Agora só tem que ver se cabe nesse pé – ele sorriu e recebeu uma cotovelada de Hillie.

                Peguei a mesma de dentro da caixa e logo calcei, serviu perfeitamente.

- Ah meu Deus. Obrigada – pulei em cima dos dois e dei um abraço. Estou pronta – sorri – Eu ganhei uma bota com SWAG – gritei – Obrigada, obrigada.

- Nossa pensei que ela não ia gostar – Wellington falou.

                Eu estava pronta para ir para a pizzaria, a roupa da ultima noite com os amigos aqui em San Antonio. Descemos as escadas e por incrível que pareça minha mãe e meu pai estavam prontos, assim como Wellington e Hillie que eu nem havia percebi estarem prontos.

[...]

- Frango com catupiry – gritei – e pepperoni.

                Nós estávamos gritando e escolhendo os sabores da pizza. Era como no almoço, assim que terminamos de escolher eu respirei aliviada por ter frango com catupiry e pepperoni.

- Posso ver suas fotos SeuNome? – Sophie perguntou.

- Claro – falei pegando as mesmas de dentro da bolsa.

                Sim eu consegui olhar as fotos e não chorei, por mais que eu quisesse. Eu disse para mim mesma que aquilo era somente coisa da minha cabeça e então parei. Enquanto eles olhavam as fotos começou a tocar mais músicas que me lembravam o Austin. Se fosse eu antes teria mandado quebrarem as caixas de som, mas eu fiquei apertando minha mão.

- Ficaram lindas as fotos – Sophie falou e eu assenti.

                Conversamos todos animadamente. Eu não tive nenhuma recaída de choro na hora, e nem em qualquer hora. A pizza chegou e eu senti meu estomago roncar.

- Eu gostaria de falar algumas coisas – Sophie falou se levantando e todos assentiram prestando atenção nela – Eu sei que a SeuNome vai ri embora, se bem que eu não queria, tentei convencer a mãe dela, mas não adiantou em nada – ela dei um sorrisinho fraco e minha mãe também, e minha mãe continuava usando o pano na cabeça e seus cabelos estavam caídos sobre o ombro – Bom, eu só quero dizer que não importa a distância ela vai fazer muita falta para nós todos – falou – E eu nós amamos bastante ela e sempre que der nós vamos ir visitá-la seja onde estiver. E a propósito aonde ela vai morar? – Sophie perguntou olhando para meu pai.

- É uma surpresa – ela sorriu e todos riram.

- Então independente do local nós vamos ir. E saiba que nós amamos muito você – falou e dessa vez eu queria chorar.

- Eu amo vocês –falei.

                Meus olhos se encheram de lágrimas e então demos um abraço em grupo novamente. Escutei alguém tirar fotos e então logo depois eles me soltaram. Essa era a minha última noite em San Antonio. Essa era a minha noite feliz. 

CONTINUA...

Hello galera. Capítulo gigante para vocês, eu consegui escrever tudo o que queria nele. Espero que gostem, eu sei ele pode ficar tedioso, mas ele é importante sabe... Vocês descobriram alguma coisa? O que acharam do capítulo? Tenho que fazer menores? Espero que tenham gostado. Obrigada pelos comentários no capítulo anterior. Beijos galera.