How to Love - Capítulo 20 / 3ª Temporada

"Strange"

- Podemos ficar na sua casa? - Perguntei - Se for possível até amanhã de manhã, se não for incomodo - Mordi o lábio nervoso.

- Claro SeuNome, mas porque olhou para a sua casa? - Ele perguntou seguindo para a escada da varanda.

- Eu só queria ficar um pouco longe de casa - Falei dando de ombros.

                Ele abriu a porta e eu entrei parando ao seu lado, esperando para que ele a fechasse. A Mama apareceu correndo e abraçou Austin, que quase deixou cair todas as coisas que seguravam.

- Ei calma mãe, o que deu? - Ele perguntou rindo e eu sorri.

- Que susto, um cara fugiu e está rondando San Antonio inteira. Você me disse que ia sair e eu fiquei preocupada - Ela falou soltando ele se virou para mim e sorriu - Nossa SeuNome, quanto tempo. Que saudade - Ela me abraçou forte.

- Também senti saudade - A abracei forte.

                Ela me soltou e sorriu.

- Mãe a SeuNome vai passar a noite aqui tudo bem? - Austin perguntou coçando a nuca.

- Claro, sem problema - Ela sorriu - Eu já vou ir dormir, e vejo que vocês já trouxeram a janta de vocês - Ela falou olhando para as sacolas e nós rimos - Então... Eu vou subir - Ela falou se afastando - Boa noite - Ela falou e subiu as escadas.

                Depois que ela sumiu acima e encarei Austin.

- Então... Quer assistir algum filme? No meu quarto ou na sala.

- Tanto faz, vou te ajudar com isso - Peguei uma sacola de sua mão.

- Tudo bem, no meu quarto então - Ele falou andando devagar e eu segui ele.

                Subi os degraus devagar me segurando no corrimão, segui ele logo atrás. Eu ainda estava usando o boné e ele havia roubado a minha touca. Mordi meu lábio entrando no quarto de Austin, olhei para ele e não havia mudado nada. Sentei-me na cama e coloquei as sacolas na mesma.

- Então, qual filme vamos assistir? - perguntei me levantando.

- Vejamos - ele ligou a TV - Está passando amizade colorida - ele sorriu para mim.

- Nem vem Austin - falei rindo e ele me acompanhou.

- Então o que você quer assistir? - Perguntou.

- Eu não sei, só alguma coisa que distraia - Dei de ombros me virei ficando de costas para ele.

- Quer conversar? - Ele perguntou parando do meu lado.

- Acho que sim, vai me fazer bem - Falei me abraçando e sentindo algumas lágrimas escorrerem por minha bochecha.

                Eu não havia nem percebido que eu já estava com os olhos marejados, e não consegui lutar com as lágrimas. Austin me abraçou de lado e me conduziu para que sentássemos na cama.

- Pode falar.

- Primeiro, vamos comer - Sorri secando algumas lágrimas.

- Tudo bem - Ele falou - SeuNome, será que aquele cara que a gente viu lá perto do MC é o tal cara que a minha mãe falou?

- Eu não sei Austin, mas aquele cara me deu medo.

- Pode acreditar, ele era sinistro - a gente riu - Eu gosto de ver você sorrindo - ele segurou meu queixo passando seu polegar pelo mesmo.

                Mexi meu rosto um pouco e ele me acompanhava sorrindo.

- Austin seu bobo, para com isso é sério - sorri abaixando meu olhar, eu podia sentir minhas bochechas ficarem vermelhas - será que a gente pode comer? - perguntei ainda com os olhos baixos.

                Levantei meu olhar e ele estava me encarando sorrindo, só podia ser o Austin mesmo para fazer isso.

- Ei - o empurrei de leve - Para com isso - cruzei os braços.

- Tudo bem SeuNome - ele falou e se sentou do outro lado da cama, a sua cama era de casal e bem mole, dava pra pular.

                Peguei um sanduíche gigante de dentro e Austin me acompanhou. A gente estava assistindo ao The Voice e posso dizer que eu e Austin ficávamos gritando igual loucos e cheios de coisas na boca, a gente quase deixava cair tudo na cama quando começávamos a rir. Nós começávamos a dizer que aquela cara tinha que ganhar e tudo mais, estávamos ficando totalmente loucos lá.

- Você viu a roupa daquele cara? - Austin perguntou rindo e eu acompanhei.

- Austin, é um lugar onde a pessoa canta e não desfile de moda.

- Nossa SeuNome, mas vai dizer que não estava estranho aquela roupa?

- Ta, pode até estar - dei de ombros e ele riu.

                Eu não queria voltar para casa, eu queria esquecer que eu teria que ir embora, mas simplesmente eu não conseguia, era impossível. Depois que terminamos de comer a gente levou todas as coisas para o lixo na cozinha, fui para a janela da sala e olhei para a minha casa. A luz da sala estava ligada e aparentava tudo estar trancado. Olhei abaixo e vi um cara, parecia ser o cara que eu tinha visto antes perto do MC Donalds. Dei um grito tampando logo a minha boca. Austin apareceu correndo.

- SeuNome o que deu? - Ele perguntou.

- Aquele... Aquele cara tá lá fora, eu to com medo - Falei.

- Calma, ele não vai entrar aqui.

- É que ele é sinistro sabe - Falei.

- Eu to aqui tudo bem? - Ele segurou nos meus ombros e depois me puxou para um abraço - Eu acho que você está ficando com sono, quer dormir?

- Acho que sim - Respondi.

                Subimos para o quarto, ele deitou de um lado e eu do outro. Ficamos assistindo TV, até que eu caisse no sono em seu ombro.

...

                Acordei com um barulho alto, me sentei na cama e percebi que Austin estava com seus braços ao meu redor, a TV estava desligada e eu estava coberta. Ainda estava escuro, e isso indicava que era de madrugada ainda. E o barulho aconteceu de novo. Balancei Austin na tentativa de acordá-lo, mas, ele não se moveu. Abaixei-me mais próxima dele e sussurrei em seu ouvido.

- Austin? – chamei mais não obtive resposta – Austin acorda, por favor – mexi mais uma vez nele e ele se moveu.

- Hmm? – ele falou.

- Eu... Eu escutei um barulho.

- Que barulho SeuNome? Eu não escutei nada – Ele falou com voz rouca – dorme SeuNome.

                Bufei e me deitei de novo. Mas dessa vez o barulho foi mais alto e Austin deu um pulo.

- Eu te falei – Dei de ombros.

- Agora eu escutei o barulho – Ele falou coçando os olhos.

- Eu acho que é aquele cara, ele era sinistro e...

- Shh – Ele colocou o dedo indicador sobre minha boca.

                Fiquei quieta depois que ele tirou seu dedo, o barulho aconteceu de novo e eu me agarrei a ele dando um abraço. O mesmo se assustou mas me abraçou de volta, passando seus braços por minha cintura.

- Você acha melhor trancar a porta? – ele perguntou e eu assenti.

                Ele se desvencilhou de meus braços e se levantou devagar, pisou em uma coisa que fez um pouco de barulho e correu rapidamente para a porta e a trancou. O trinco começou a se mexer e Austin andou para trás observando o movimento.

- Austin – sussurrei para ele.

- SeuNome – ele falou e voltou para a cama passando seus braços por minha cintura – a minha mãe com certeza não é, ela não faz tanto barulho assim.

                Isso o que ele falou só me deu mais medo ainda, abracei ele mais forte ainda. Eu preferia chamar a polícia de uma vez, mas, nós nem sabíamos quem é que estava ali. Foi ai que eu pensei na mama, será que ela escutou o barulho também e trancou a porta?

- Austin e a sua mãe? – perguntei afastando minha cabeça de seu peito e lhe encarando – E se ela não trancou a porta?

- Droga – ele murmurou – SeuNome você fica aqui – Ele me soltou e se levantou.

- Não você não pode ir sozinho, e eu não vou ficar sozinha aqui – falei seguindo ele.

- Você vai ficar aqui SeuNome, por favor.

- Não dá Austin, eu vou com você.

- Mas SeuNome você...

- Eu vou atrapalhar? É isso? Ta bom então, se é isso que você pensa – Cruzei os braços e virei meu rosto para o lado.

- Não SeuNome, não é isso. É que eu me preocupo com você e...

- Então deixa eu ir junto com você, pelo menos você vai saber que eu vou estar do seu lado – falei.

- Tudo bem então, mas olha. Eu vou pegar alguma coisa pra gente se proteger ou sei lá. Vai que alguém queira atacar a gente – Ele deu de ombros e eu assenti.

                Ele foi até o seu armário e ligou a luz do mesmo, pegou dois tacos de beisebol e depois me entregou, segurei por um momento e depois comecei a rir baixinho tampando minha boca. Ele olhou para mim e sorriu, até nesses momentos ele conseguia sorrir e eu aqui rindo.

- Está pronta? – ele perguntou me olhando e indo em direção a porta.

- Acho que sim – respondi posicionando o taco.

                Ele colocou a mão na maçaneta e estava prestes a destrancar quando eu coloquei minha mão sobre seu ombro.

- Ei, você não acha melhor a gente sair pelo telhado? Assim ele pensa que a gente está no quarto.

- Mas você pode cair – ele falou.

- Se eu cair eu não passo no chão – sorri o encorajando.

- Você fala isso como se fosse bom – ele falou me observando.

- Bom não é né. Mas é a verdade – sorri.

- Você é tão complicada – ele falou rindo baixo.

- Você me deixa assim – falei dando de ombros e me virando para a janela.

                Senti um puxão no meu braço e logo eu estava com as mãos espalmadas no peito de Austin. Sua respiração estava perto de minha e ele continuava me encarando.

- Eu te deixo assim é? – Ele perguntou sorrindo.

- Ham... É – Virei meu rosto.

- Bom saber – Ele sussurrou no meu ouvido.

- Austin para com isso – empurrei-o de leve.

- Parar com o que?

                Ele estava tentando me provocar numa hora dessas, então vamos cair um pouco na brincadeira. Larguei o taco de beisebol no chão e segurei suas mãos o empurrando para a parede, o mesmo bateu contra a mesma e eu cheguei mais perto não deixando nenhum espaço entre nós.

- Vai querer ficar aqui no quarto? – sorri.

- Como é SeuNome? – ele sorriu.

- Isso mesmo – sorri percebendo que ele estava acreditando.

                Fiquei na ponta dos pés e beijei sua bochecha diversas vezes, depois passei para o pescoço beijando de leve e sentindo ele se arrepiar, sorri no meio dos beijos.

- Está acordado? – perguntei.

- Uhmm – ele falou.

                Continuei beijando seu pescoço e deixando algumas mordidas no local.

- SeuNome – ele falou em um sussurro.

- Hãm? – perguntei.

- Você... Você é louca – ele falou e eu dei uma risada baixa.

                Sentindo que eu já havia provocado bastante ele, soltei seus braços e peguei o taco que estava no chão.

- SeuNome – ele me chamou.

- Que foi? – perguntei colocando o taco sobre meu ombro.

- Vai me deixar assim? – Ele falou.

- Pensou o que? – Falei sorrindo.

- Você vai me pagar ainda sabia – ele falou – guarde essas palavras – ri com o que ele tinha falado.

                Abri a janela devagar e fui para o lado.

- Quer ir primeiro? Ou posso ir? – perguntei para Austin.

- Eu vou primeiro – ele falou de cara fechada e eu ri.

                Ele passou pela janela e logo depois eu fui atrás dele. Minhas roupas estavam amassadas assim como as dele. Começamos a caminhar devagar pelo telhado e Austin foi devagar para a beirada e eu o segui.

- Eu pulo primeiro, depois eu pego você – ele falou e eu assenti.

                Austin se preparou para pular e logo depois pulou, deixou seu taco de lado e fez um sinal para eu pular. Primeiro joguei o taco para ele, o mesmo o pegou e deixou de lado. Respirei fundo e olhei para baixo, pulei e senti que eu iria cair no chão, mas, Austin me pegou no colo e depois perdemos o equilíbrio e eu cai sobre ele.

- Obrigada – falei e depois comecei a me levantar.

                Ele fez o mesmo e me entregou o taco. Começou a andar para perto da janela e olhou para ver se conseguia identificar alguém.

- Vem, vamos entrar – ele falou pegando na minha mão e me puxando.

                Segui ele sem falar nada, fomos para a porta de trás e estava totalmente aberta. Subimos devagar os degraus e escutamos um barulho de cima. Entramos dentro da casa e se escondemos atrás do balcão, olhamos por cima e não havia ninguém ali. Seria bom se a gente tivesse um plano.

- Austin, o que acha de um plano? – Perguntei falando o mais baixo possível.

- Se você tiver um – ele falou dando de ombros e se encostando no balcão.

- Olha, um de nós vai ter que chamar a atenção dele, e obvio que eu vou fazer isso. Vou atrair ele para a escada e quando eu passar você o ataca com o taco.

- E se isso não der certo? E se ele se levantar?

- A gente começa a chutar ele ou socar, sei lá – dei de ombros e espiei por cima do balcão.

                Eu vi uma figura subir as escadas novamente e mexi em Austin pelo ombro, ele se levantou e olhou. E aconteceu um barulho, e se repetia diversas vezes, foi ai que a gente escutou um grito.

 - AUSTIN, SEUNOME.

                Olhei para Austin perplexa no que eu havia acabado de escutar.

- SEUNOME, AUSTIN.

CONTINUA...

Oi Oi gente... Desculpem postar com a mesma capa, meu PC foi para formatar e voltou hoje, ai apagou tudo sabe, eu já tinha feito alguns mas eu esqueci de passar para o pendrive. Eu to com muita vontade de postar o piloto de Doctors, to numa ansiedade e tanto aqui. OMG, DEMI TÁ NO BRASIL GALERA. Obrigada de verdade pelos comentários no capítulo anterior, beijos e até o próximo. 

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